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Fragmentos de Vidas #22


Diogo Piçarra, vinte e seis anos, natural de Faro, músico português, dono de um coração gigante, simpático, pacífico, ponderado, paciente, ... 
Até ao momento lançou dois álbuns, o primeiro em 2015, Espelho, e o último em março de 2017, do=s.
Descobre tudo nesta conversa a do=s, de Diogo para Diogo, onde foram revelados fragmentos da sua História.


Porque é que o nome do álbum (Do=s) é escrito assim?
Olha em primeiro lugar queria que simbolizasse que era o segundo disco e então iria ser dois de qualquer maneira, mas queria que simbolizasse mais do que isso, que as pessoas olhassem e se vissem dois escrito de uma maneira normal pensariam “ah, deve ser o segundo disco.”, eu queria que simbolizasse um pouco mais do que isso, ao colocar o igual que de certa maneira simboliza dois traços, duas pessoas e é realmente um resumo do disco que retrata uma relação a dois, e também passaram dois anos desde o lançamento do primeiro disco, namoro com a minha namorada há dois anos, está tudo relacionado, queria que fosse mais do que o segundo disco.

Qual a tua música favorita do Do=s?
Ah são todas, fui eu que as fiz (risos), mas se calhar a que é mais especial é a Só Existo Contigo.

O público está a reagir como esperavas?
Está a reagir melhor do que eu esperava, acima de tudo não esperaria que tivesse a aceitação que teve porque mudei um pouco o meu estilo, tanto de produção, como de escrita, senti que poderia receber alguma resistência a isso, mas a partir que eu lancei o Dialeto, percebi que era o melhor caminho a seguir, tive uma boa aceitação, ainda hoje se ouve o Dialeto e já tem quase dez milhões de visualizações no YouTube, por isso acho que não falhei nesse aspeto, podia ter falhado e se tivesse falhado teria voltado atrás e recomeçado e ainda hoje o disco está a ser muito bem recebido, recebo muitas mensagens de pessoas, cada uma com a sua música preferida, seja o single ou não, também é muito bom, é sinal que vão ouvir o disco a fundo e acima de tudo, atingindo o primeiro lugar do top de vendas acho que é um bom indicador, ainda para mais foi mais do que o dobro ou o triplo do primeiro disco, é sinónimo de que consegui superar o primeiro disco, que é uma coisa que nunca esperava ou sei lá, era o mais normal.


PERGUNTA DE FÃ: BRUNO FILIPE
Hoje em dia as músicas populares, estilo top 50, todas têm a mesma estrutura. Uma espécie de fórmula mágica, refrão e um drop instrumental, utilizado por toda a gente hoje em dia nestes registos. A pergunta é o porquê desta "fórmula" resultar tão bem, e o porquê de o fazeres também, se já tens este plano em mente ou simplesmente as coisas acontecem. 
Isso é uma grande pergunta, fogo! Bem ele parece o produtor … Realmente é uma estrutura que está muito na moda hoje em dia, se bem que eu tento ao fazer isso … o problema dessa estrutura é que é muito preguiçosa, ou seja, vem um verso e quando não se sabe fazer um refrão mete-se para lá um instrumental como um Dj faria e era uma estrutura muito usada em remixes, em que a pessoa utilizava o verso original e de repente a música rebentava, chama-se a drop, e as pessoas dançam, agora está a ser muito usado na Pop, eu não sou exceção, também uso muito, mas tento não ser preguiçoso e tento também fazer um refrão orelhudo, que faça as pessoas cantar, e todas as minhas músicas sem exceção, têm um verso, um refrão que possa ser cantado e depois sim posso fazer a drop ou não, como está muito na moda hoje em dia, é um estilo muito datado, utilizo em apenas uma ou duas músicas porque sei que daqui a uns anos isso já não vai estar na moda, como tudo na vida, e utilizei apenas na Dialeto e na Já Não Falamos, realmente são músicas que funcionam ainda hoje em dia e sei que amanhã podem não funcionar, mas tenho todo um disco que não usa essa fórmula.


Qual a pior parte em ser um artista ou a pior parte da fama? 
A fama não existe, acho que a fama existe na cabeça dos outros só, não existe na minha! Existe trabalho, eu chego a casa e penso agarrar-me a uma guitarra, ao computador, ao piano, não penso que sou famoso ou em sucesso, penso que tenho de fazer música, eu gosto de fazer música, aconteceu-me alguma coisa penso que tenho de escrever sobre aquilo, conheci alguém com uma história interessante, penso que tenho de escrever aquilo e não vou na rua a pensar que sou famoso ou que as pessoas pensam que me conhecem e realmente quando me reconhecem é bom sinal, é sinal que o trabalho está a ser bem feito, a fama existe é na cabeça dos outros e não na minha e quem pensa o contrário é porque está muito errado e vive de uma maneira que não é correta, a fama é efémera, um dia estamos lá e outro dia já não estamos, eu sei bem disso, sei que um dia já não vou estar lá e tenho de trabalhar o dobro ou o triplo para chegar outra vez ao topo ou ter o sucesso, ou ser reconhecido como estou a ser agora nestes dias, realmente a fama para mim não existe, gosto de pensar que tenho uma profissão da qual gosto muito, gosto muito de fazer música e tem a consequência de ter visibilidade, tal como um jogador de futebol que aparece na televisão, os jogos em direto, ele gosta de jogar à bola, mas não gosta se calhar de pensar que é famoso ou conhecido. 

Mas existe alguma diferença entre o Diogo artista, aquele que está em cima do palco e aquele que não está? 
Alguma, mas não muita, acho que sou completamente simples como sou, tanto Diogo pessoa como Diogo artista, a única diferença é que pareço um pouco calmo em pessoa, mas ao vivo é outra coisa completamente diferente, um bocadinho mais espontâneo, mais extrovertido, muito mais mexido, muito mais rebelde, entre aspas, mas continuo o mesmo.


Falando em Pessoa, escreveste Diogo Piçarra em Pessoa. Qual o teu poema favorito? 
São vários, não é? Um dos meus preferidos … (Pega no livro) Os meus são os que têm os marcadores! Posso ver? Sim! Mar Mundo, mas estás a falar nos dois, não é? Não, falo desse. Ah, a minha versão do poema … Sim! Ok … e A Morte na curva da estrada. Os meus, se calhar, são estes do Ricardo Reis, aqui no fim, principalmente este, é pequeno, Põe quanto és no mínimo que fazes, realmente resume tudo o que eu tento fazer na minha vida … 

“Para ser grande, sê inteiro: nada 
Teu exagera ou exclui. 

Sê todo em cada coisa. Põe quanto és 
No mínimo que fazes. 

Assim em cada lago a lua toda 
Brilha, porque alta vive.” 

Tento fazer um pouco disto e espero também influenciar ou inspirar outros a fazerem ou a darem o máximo, no mínimo que fazem. A minha versão é um pouco parecida, mas se calhar, é a versão em miúdo, o meu heterónimo é um miúdo de quinze ou dezasseis anos que ainda não alcançou o que este senhor alcançou. 

“Quero ser grande e inteiro: tudo 
meu se apodera e constrói. 
(…)” 

Ou seja, um miúdo que está na idade de querer ser tudo e ser miúdo, ser adolescente. 

Com que artista internacional gostarias de cantar? 
Gostaria de cantar … (pensativo) Olha com o Shawn Mendes, por exemplo, com o Ed Sheeran, talvez … Só internacionais? Pode ser nacional também! Pedro Abrunhosa, Ana Moura, Agir, D.A.M.A, não tenho nada com estes artistas e tenho um feeling que não está muito longe de acontecer …


PERGUNTA DE FÃ: TATIANA BARTOLOMEU
A próxima pergunta é de outra fã! 
Foste tu que …? Sim, eu perguntei. Ok … Esta pergunta vem de Londres. Uau! Se pudesses estar em qualquer lugar do mundo neste momento, qual seria e porquê? Fogo … Estaria no Algarve, em Faro, na praia, em vez de estar aqui a suar do bigode (risos).


O que mudou desde os Ídolos? 
Eu como pessoa não mudei, quer dizer, estou mais crescido, mais ponderado, menos ingénuo também, acho que é a única coisa que mudou, talvez em termos de carreira, mudou imenso, já não sou apenas o Diogo concorrente ou vencedor de um programa, mas gosto de me sentir um compositor, um artista e acho que isso mudou com o primeiro disco, senti logo essa diferença quando lancei o Tu e Eu, espero que seja essa a única diferença até não estar cá, quero ser reconhecido com um artista português. 

Estudar um ano em Londres foi importante? 
Foi muito importante, não estaria onde estou hoje, grande parte do que aprendi em Londres ajudou a chegar onde estou hoje, mais precisamente na experiência de vida, viver sozinho, fazer tudo sozinho, foi a primeira vez que eu vivi sozinho e ainda por cima fora do país, já tinha viajado para a República Checa, mas fui com um colega e conheci lá pessoas e isso, em Londres foi o oposto, fui mesmo às cegas, não conhecia nada e realmente o outro lado educativo da escola também me ajudou imenso porque tudo o que eu sei hoje em termos de produção, de composição no computador, sei fazê-lo sozinho, em termos de câmaras, acho que sei trabalhar um pouco em tudo graças à minha vida, a esses tempos em Londres.


Fizeste Erasmus durante 6 meses na República Checa. Como foi a experiência? 
Também foi enriquecedora, acima de tudo foi onde a minha vida deu assim uma volta de 180º, tinha uma banda na altura e a banda acabou por eu ter ido para a República Checa, realmente aí comecei a analisar os prós e os contras de uma carreira a solo ou de uma possível carreira a solo e lá esses 6 meses foram mesmo indispensáveis para pensar na minha vida o que é que eu iria fazer quando voltasse, se ia acabar o curso, se iria arranjar um trabalho e se calhar foi mesmo esse Gap Year, que me fez pensar na vida, li muito também, conheci muitas pessoas e foi também a primeira vez que eu viajei na minha vida, que viajei de avião, que saí do país e foi muito importante para a minha vida. Que conselhos darias a quem quer fazer Erasmus? É mais aconselhar a quem não quer fazer, acho que toda a gente devia fazê-lo. Eu fi-lo mais por não ter aproveitado a minha época de secundário, não fui fazer uma viagem de finalistas como muitos foram, e realmente quando estava prestes a terminar a universidade, pensei “Bem, estou quase a começar a trabalhar e não aproveitei nada enquanto jovem, não viajei, não saí daqui, não abri os meus horizontes, não conheci pessoas, não fiz nada.”, aí corri para a secretaria, inscrevi-me num país qualquer, não importava, queria sair daqui, abrir a minha cabeça, descansar e limpar tudo, fez-me muito bem. É esse o conselho que dou, viajem antes de começar realmente a vida real, quando termina a universidade é quando começa realmente a vida real e ninguém nos prepara para isso. 

Jovens, festas, viagens de finalistas, … Como foi em Punta Umbria? 
Foi ótimo! É a viagem de finalistas que eu nunca tive! (sorriso) Foi muito curta, mas aproveitei ao máximo porque são momentos inesquecíveis porque está lá representado todo o nosso país, estão miúdos de 18, 17 anos de todo o país, seja dos Açores, da Madeira ou do Continente e realmente é o tempo de eles viverem, de eles aproveitarem e eu sinto isso no meu concerto, sinto que estão a aproveitar aquele concerto como se fosse o último e creio que tenha deixado boas recordações naqueles miúdos e espero que quando eles ouçam a minha música que se lembrem de Punta Umbria, tal como eu me lembro também. Aquele vídeo do teu instagram é particularmente comovente … É surreal, é arrepiante. Mas o que sentiste ao ser carregado em braços pelas pessoas? É inexplicável, acima de tudo é um sinal de confiança, quando eu me jogo para cima do público, é sinal de que estou a confiar nas pessoas, a fechar os olhos e ir de costas, posso cair ao chão, já caí ao chão, não seria a primeira vez, mas realmente atirar-me e quando as pessoas me seguram, é um sentimento de alegria, de felicidade e de alívio também, é sinal que as pessoas estão lá para ti, estão lá para te segurar e eu digo mesmo na descrição “É nos vossos braços o meu ponto de partida” e é tudo verdade porque não conseguiria nada sem eles, não estaria ali sem aquelas pessoas e também sem pessoas ninguém faz música, ninguém canta para o vazio.


PERGUNTA DE FÃ: PEDRO ALMEIDA
Qual a música que mais gostaste de escrever, esteja ou não num álbum, e porquê? 
São todas especiais, as músicas são todas especiais, correspondem a fases diferentes da minha vida, tal como eu disse a Só Existo Contigo é uma música muito, muito importante, se calhar a que eu mais me orgulho por ter deixado escrito, em palavras, tudo aquilo que eu queria dizer a essa pessoa, à minha namorada, e conseguir resumir quase três anos de relação em poucos versos, orgulho-me muito disso, mas foi uma música que deu muito trabalho, escolher cada palavra, os versos em si são arrepiantes, “ama-me como se me fosses perder, procura-me como se nunca me tivesses tido, agarra-me como se eu fosse desaparecer e faz de conta que o para sempre só existe comigo” são palavras que eu sempre quis dizer e quando acabei de escrever aquilo, levanto-me e fico satisfeito, “não acredito que acabei de escrever isto”, entre outras, mas é para mim a mais importante.


Como é a tua ligação com o Jimmy P? 
É uma ligação muito especial, eu adoro aquele rapaz como um irmão e é uma relação que tem vindo a crescer cada vez mais, ainda não conheci a filhota dele, mas gostava de conhecer e se a conhecer vou tratá-la quase como sobrinha, foi algo espontâneo, eu tinha escrito a música Volta e se calhar sinto que é por isso que ele me escolheu para escrever com ele a música Entre as Estrelas, por ver em mim a sensibilidade que ele necessitava para esse refrão, ao enviar-me o instrumental eu escrevi aquilo num dia ou dois e quando lhe enviei, ele diz que se fartou de chorar, quando ele me enviou o verso dele também me fartei de chorar, a primeira vez que cantámos juntos também chorámos em palco, um ao lado do outro, ele estava a chorar e eu “epá para com isso, senão eu também vou chorar”, foi especial e é sempre especial, estamos sempre em contacto, quase todos os dias falamos e é bom guardar essas amizades no mundo da música que às vezes é tão fútil, efémero e frio.

Quantas tatuagens tens? 
Não sei. Tenho poucas, acho eu, o problema é que isto parece … é só uma, já se tornou uma, mas talvez umas doze ou treze, todas juntas formam só uma. Qual gostas mais? São várias, não consigo escolher uma, são todas especiais à sua maneira, foram todas feitas em diversos momentos da minha vida, a primeira foi este lobo, em Londres, foi aquele momento em que eu decidi, “é agora ou nunca! Os meus pais não estão aqui, vou já fazer isto.”, mas fiz para a minha mãe, esta aqui (vai apontando para as tatuagens enquanto explica), eu e o meu irmão na barriga da minha mãe, tenho esta aqui mais recente que é o título do meu novo disco, esta aqui fiz com a minha namorada no Brasil, tenho o meu signo, a libra ou balança, a minha data de nascimento em braile, tenho estes símbolos celtas que simbolizam praticamente uma vida ou o que eu desejo na minha vida que é a vitória, o conforto, a saúde, o bem-estar, estas duas simbolizam o homem e a mulher, esta o amor e este aqui vá alguma estabilidade em termos de riqueza, do dinheiro, há algumas coisas mais artísticas, mais simbólicas, mas todas elas são especiais e fui eu que as escolhi. Tens planos para fazer mais? Claro, isto nunca se para, é um vício, lembro-me que ao fazer a primeira percebi logo, “isto agora está tão vazio aqui à volta”, depois fazes aqui, fica aqui um espaço em branco, depois acabas e quando dás por ti … O mais fácil é encher o corpo, mas tento sempre escolher com cuidado as coisas que faço.


PERGUNTA DE FÃ: CAROLINA MOREIRA
Quem é ou quem são os teus pontos de partida? 
Acho que essa é fácil, neste momento a minha namorada, os meus pais e o meu irmão. Acho que não vai haver mais ninguém, são os meus melhores amigos, tenho poucos, mas bons. São os mesmos que os portos de abrigo? Também, é o ponto de partida e o meu porto de abrigo, vão ser sempre assim até eu cá não estar ou eles não estejam.


Se tivesses a oportunidade de escrever uma carta ao Diogo de 18 anos o que lhe dizias? 
Eu orgulho-me muito do miúdo que fui apesar de alguns momentos de rebeldia ou de maluquice, sempre fui muito ponderado, muito pacato, muito sossegado, gostava de estar no meu cantinho e de não chamar atenções, o melhor conselho que lhe poderia dar é “não faças fretes! Se não te apetecer, diz que não” e ainda hoje digo isso ao Diogo de 26 anos, ou seja, ao Diogo de 18 anos ainda pior e “não tenhas medo!”, acima de tudo é ter confiança, hoje tenho um pouco mais de confiança do que tinha há uns anos, pelo menos tento demonstrar, há sempre momentos de fraqueza, mas eram as únicas palavras que diria e “não deixes nada por dizer ou fazer”

Sonhas em ser pai? 
Claro, fogo, cada vez mais, quando era miúdo não pensava muito nisso, ainda hoje sinto que é cedo porque tenho um pouco de espírito jovem e há muita coisa que ainda não fiz e gostava de fazer, sei que quando tiver um filho vou ter de dar parte de mim ou parte do meu tempo a esse rebento, espero viajar ainda muito mais e aproveitar mais momentos com a pessoa com quem estou neste momento e depois sim, quando chegar a altura, olharmos um para o outro e “sim, acho que já estamos prontos!”. E achas que serias um pai galinha ou assim mais … ? Eu acho que somos sempre e vamos ser sempre iguais aos nossos pais, cada vez mais me apercebo disso, cada vez me apercebo que tenho os vícios ou as palavras que o meu pai dizia ou as coisas que a minha mãe dizia, eu sempre disse “espero nunca ficar igual aos meus pais” e acho que todos nos tornamos iguais a eles, ou seja, vou ser um pai galinha.


“Amigos só tenho um, e eu só conto contigo (…)”. Como defines a ligação com o teu irmão? 
É uma ligação especial, única, cada vez mais forte, apesar de sermos gémeos não sinto aquela coisa de quando ele se magoa eu também sentir, não há nada disso, até porque acho que é um bocadinho de mentira, é tudo da nossa cabeça, mas sinto uma ligação especial, ao sermos gémeos passamos sempre os mesmos momentos juntos, seja bons ou maus, seja na escola ou em casa, dormimos no mesmo quarto, dormimos juntos, vamos de férias juntos, vamos à praia, jogamos na mesma equipa de futebol, fazemos os primeiros vídeos, ou seja, guardamos muita história e muitos momentos, e se calhar a nossa relação, a melhor palavra um para o outro, se calhar um olhar, acho que chega para percebermos o que o outro está a sentir. O André é o teu “cofre” de segredos? Não, a Mel é! A quem confio a maior parte dos segredos é à Mel, muitos deles. Talvez para não magoar ou não desiludir prefiro não dizer ao meu irmão ou aos meus pais. 

Agora tenho aqui uma frase e gostava que me dissesses quem é que achas que a disse … 
Como assim? Personalidade ou é o quê? É uma frase sobre ti! Ah ok … “Ele é uma pessoa simples e trabalhadora. Não há nada que não se conheça dele neste momento! Ele quer muito isto, quer ser um exemplo para todas as faixas etárias e ser reconhecido como um grande Homem e um grande Artista!”. É uma pessoa próxima? Sim! É a Mel! Não … Foi o teu irmão! Foi o meu irmão? (Ri admirado) Ok … O que sentes ao ouvir estas palavras? (Emocionado) Isso dá-me vontade de chorar quase, mas não esperaria, é o que te digo, somos pessoas de poucas palavras e nunca esperaria que essas palavras saíssem da boca dele e fiquei surpreendido, acho que ele sendo tão pacato, guarda muita coisa lá dentro, ou seja, ele também tem o seu “cofre” de segredos.


O que quer o teu coração? 
Quero ser feliz, quero deixar os outros felizes à minha volta, seja com a minha música, seja com as minhas palavras, seja com as coisas que eu faço diariamente e acima de tudo quero ser feliz e fazer os outros felizes, acho que é o mais sincero sentimento que vem do meu coração 

Muito obrigado! 
Obrigado eu, boa entrevista!


Agradeço novamente ao Diogo e à Universal Music Portugal pela oportunidade, aos fãs que me forneceram as questões, à Livraria Ler Devagar no LX Factory e por último, mas não menos importante, tenho de agradecer ao André Piçarra pela mensagem.

Diogo Pereira Mota

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